Diagnóstico do Comércio Exterior da Firjan aponta pandemia, burocracia e frete alto como entraves das operações – SIMME
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Diagnóstico do Comércio Exterior da Firjan aponta pandemia, burocracia e frete alto como entraves das operações



Burocracia tributária e custo do frete internacional sensivelmente mais caro são alguns dos entraves apontados na 6ª edição do Diagnóstico do Comércio Exterior do Estado do Rio, elaborado pela Firjan em 2021. Mesmo com a pandemia, as indústrias pesquisadas indicam esperar crescimento do comércio exterior. “Em 2020, com uma corrente de comércio de US$ 41 bilhões, o estado do Rio foi o segundo maior player entre os estados brasileiros. Porém, altos custos, burocracias alfandegárias e tributárias são algumas das barreiras identificadas pelo estudo”, ressaltou Júlio César Talon, vice-presidente da Firjan CIRJ e executivo da GE Celma.

Lançado em evento on-line em 06/12 com a participação de industriais fluminenses e autoridades da Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (SECINT), do Ministério da Economia, e da Receita Federal, o levantamento constata que, durante a pandemia, o desordenamento das cadeias globais de valor e o aumento das restrições ao comércio internacional impactaram diretamente os custos e a disponibilidade de fretes.

Alcançar novos mercados é desejo de 35% das empresas fluminenses, conforme detectado no Diagnóstico que, este ano, ouviu 300 companhias. Destas, 20% querem ingressar no mercado europeu. Para aumentar a participação do Brasil no fluxo de comércio internacional, o secretário especial adjunto de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, do Ministério da Economia (ME), João Luís Rossi, apresentou os quatro pontos do seu trabalho: “Projetos de desburocratização, modernização junto ao Mercosul, reforma do sistema de financiamento do comércio exterior e negociação de acordos de comércio internacionais”.

O embaixador José Alfredo Graça Lima, presidente do Conselho Empresarial de Relações Internacionais da Firjan moderou o painel do evento e destacou a importância do trabalho: “É um momento especial. Gostaria que todos os estados pudessem contribuir com estudos semelhantes. Desafios sempre vão existir, é preciso coragem e isenção para enfrentá-los”.

Renato Agostinho da Silva, subsecretário de Operações de Comércio Exterior/ME, explicou em sua fala que, após uma “faxina regulatória”, mais de 550 produtos deixaram de requisitar licenciamento prévio. Enquanto Fausto Vieira Coutinho, subsecretário de Administração Aduaneira da Receita Federal, contabilizou que, com o Portal do Comércio Exterior, o tempo para os procedimentos foi reduzido em mais de 50%.

De acordo com o estudo, caso os entraves atuais fossem superados, 84% das empresas exportadoras fluminenses consideram que poderiam aumentar suas vendas, percentual que chega a 87% no caso dos importadores. Com relação aos principais impactos causados pela pandemia em 2020-2021, os mais indicados foram: a disponibilidade de compradores/demanda pelo produto (23%), o aumento no custo de insumos/matéria-prima (17%), a dificuldade na aquisição de insumos/matéria-prima (17%) e custo do frete internacional (16%).

Ainda assim, 65% das indústrias afirmaram que mantiveram ou melhoraram o desempenho (34% e 30% respectivamente) no período. Outros 34% apontaram que o desempenho nas operações internacionais piorou. “Em seis edições, ouvimos 1.726 empresas de todos os portes. Os resultados são importantes para a formatação de políticas públicas e também para as indústrias”, avaliou Giorgio Luigi Rossi, coordenador da Firjan Internacional.

Fonte: Firjan.

 

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